Sobre cultivar ou amigo é casa.

Como perceber atento João Bento com 1 ano e meio me dizendo pra que eu fique alerta, observe os sinais! Ele não fala ainda, mas se dirige a mim com o olhar, com os braços, com o sorriso muito amor, ele é meu amigo e ainda não sabe! Como eu vou dizer que não posso compartilhar isso com as outras pessoas que eu amo? A gente é areia demais pra não se importar com as pessoas que ama. Eu sofro com despedidas desafetuosas, pode ser que essa pessoa se encante e eu tenha apenas as lembranças, eu não sei lidar com despedidas, nem com morte e nem com culpa, então como movimento de universo eu vou aprendendo que se encontrar é massa, mas conviver e se despedir faz uma diferença imensa pra o amor, ser mais delicado, pensar nas pessoas, mandar uma mensagem, fazer comida junto, ter espaços de respiros nessa angústia de informações que temos. Se perdoar, perdoar o outro dentro da sinceridade real, o tempo só me tem hoje, ontem se transformou em mito. O que te servir em mim agora estou aqui, inteiro (em partes). Mas por favor, vamos nos maltratar menos?

Obrigado a toda a família amigos, que hoje não são muitos, já não se fazem famílias assim como antes. Aos que não são mais meus amigos, aos que são sinceros, que compartilham vida, aos que sabem de mim, aos que desapareceram, mas ainda são, aos mais velhos, aos que estão se chegando, aos que não sabe que são, aos que ainda estão por vir. Amigo pra mim, só se fizer parte dessa família, só se  olhar no olho, se reconhecer, querer estar, eu costumo exercitar assim minha amizade, com muito amor, com saliva nos olhos, na boca para o encontro e amo os meus amigos, e tem uns heteros e por favor, eles também é parte da família, não somos preconceituosos. Os que são solteiros e os que estão casados, enrolados: eu os amo e como sendo família o esforço é só de vê-los bem, sonhando junto, emanando coisas que você talvez nem saiba, almoçando com a outra parte da família uns dos outros, pensando em como pagamos as contas da vida que anda dando pânico, ressentimentos, mais mortes do que podemos agüentar. Mesmo que eu tivesse a necessidade de expor como eu exercito a parte do amor com os convidados, no sexo, deixa que o meu mapa encontre o teu e a gente vibre junto que conseguiu um bom parceiro para repouso, para respiro, para gozar! Insinuações sempre vêm seguidas de certeza, de um objetivo que é claro, e isso é muito pouco, é mesquinho demais para a minha família, como bom pobre a gente vai completando, somando as coisas tentando aprender amor, diz uma senhora que veio ao mundo pra ser minha mãe que a gente também colhe o que semeia o que planta e tem uns caras aí que falam de umas coisas energéticas que faz parte do processo da vida a colheita, quer ajuda pra rever seu jardim e ver se uma boa dose do amor daqui serve pra ele? Porque também tem isso: existe amor que não serve muito pra gente, que tira a vida. Certeza da morte já tenho, mas a minha família de amigos gosta é mesmo de viver! Tem um medo da morte que chega não gosta de viver na realidade, Qualquer coisa, estou a postos porque sei que existem famílias de todos os modos e até a gente encontrar uma que a gente seja acolhido demora um pouco, afinal, dizem que essa a gente escolhe, não é?

O caminho é livre pra chegar nos amigos heteros, os viados, brancos, pretos, pobres, ricos, chatos e felizes. Tenta encontrar uma via no seu mapa para tentar cruzar, ou chegar neles e vou logo avisando: eles são muito irados, vamos somar a essa parte que em mim é a melhor, a gente tenta seguir, vem com a gente aprender a somar com mais atento e amor?