Bilheteria

sou o meu braço que escorre naquelas veias
sou eu quem pego o microfone e se incendeia
eu nem em toco eu sou um monte de vertigens
eu sou um artista
me apronto, vou pra vida
e ressucito meus fantasmas
eu tô na pista, tô na área

não me acho boazinha, almofadinha
eu sou um mostro que desafia a sua sorte
sou a certeza do seu mundo, queridinha
sou tão covarde
a sua bruxa
a própria morte
e o que eu falo é como seda, rasgo e traço
é o meu volume
são os problemas
sou sua raça
estou no fundo daquele poço, eu mesma nasço
não tenho tempo, sou apressada
não tenho graça
quando acabo, sou o seu cheiro, o seu suor
a minha vida é como se fosse sua oficina
que cabe tudo
não vá embora, tenho a cerveja
não se aperrei não sou tão má
não se incomode é só querer
eu sou você, você me vê?
(bilheteria, Valéria Oliveira/Carlos Gurgel, canta Simona Talma, canta)

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