Co-Mente, com Henrique Fontes.

Co-Mente, com Henrique Fontes, Um ser que faz e acontece no Estado e fora, até do país!


Primeiro entrevistado da nossa série papos e mentes, falando de sua vida, de suas histórias e de sua mente, comentando muitas coisas.

Thiago Medeiros: Pra você, onde a dor tem razão?

Henrique Fontes: A dor tem sempre razão, seja no plano sentimental, ou no corte da carne – quebra de um osso, ou dor física, ela sempre nos ensina a repensar e a replanejar sobre a vida.

Thiago Medeiros: O que te move hoje Henrique? Na sua vida?

Henrique Fontes: O fim de tarde, a brisa na praia, a descoberta de uma solução de cena que seja ao mesmo tempo poética e uma síntese da vida. Minha vontade de ver arte de qualidade feita na cidade, minha tentativa de compreender o outro.

Thiago Medeiros: E o que seria, essa arte de qualidade?

Henrique Fontes: A arte que mexe com coisas inexplicáveis. Além do pensar.

Thiago Medeiros: O que o teatro representa pra você, hoje?

Henrique Fontes: Essa frase não é minha, mas citarei: é uma dádiva e uma condenação!

Thiago Medeiros: Quando começou o teatro na sua vida?

Henrique Fontes: Na pré adolescência, eu era gordo e queria chamar a atenção, ser engraçado pra ser popular. Além de quando criança me fingir de “morto” todas as vezes que minha mãe chegva em casa, eu tinha um desejo de imitar situações da vida, essa era uma delas.
Começou na escola e depois criando um grupo, junto com os Escoteiros Universitários: ahazragiva _ a:Alessandro, H: henrique, A:Adriana, Z:zelania, R:Renata (não a Kaiser), A: andré (in memorian), G: de Gustavo (hj diplomata), I: apenas sonoro, V:Vicente, a: Alexandre.
Primeira peça montada com o grupo foi: Tragicomédias da Educação Brasileira, adaptação Roberto Morais.

Thiago Medeiros: Atuar ou dirigir?

Henrique Fontes: Pergunta dificil, hein!
Gosto muito de dirigir porque está mais próximo da dramaturgia – uma paixão que tenho, e porque gosto de ver as idéias que tenho e coloco no papel, virarem carne.
No entanto, hoje sinto saudades de atuar, queria encontrar um direror ou diretora que topasse um projeto.

Thiago Medeiros: O que você sente, ao ver seu trabalho repercutir nacionalmente?

Henrique Fontes: Que tenho muito pra estudar, trabalhar e cada vez mais consolidar a idéia de um coletivo porque sozinho, artista nenhum consegue nada.
E também sinto que apesar de muitas vezes me questionar se vale a pena a minha linha de pesquisa autoral – mais demorado do que o trabalho com autores conhecidos, percebo que há espaço de valor pra esse tipo de trabalho no Brasil e no mundo,
acho que com a internet, encerramos o discurso preconceituoso de teatro regionalista, colocando assim qualquer tipo de trabalho no mundo, foi assim que "Pobres de Marré" chegou na França.

Thiago Medeiros: Que trabalhos, pra você foi mais significante? De atuação e direção?

Henrique Fontes: Nossa, foram tantos, entre eles:
A megera do nada – atuação em 1996
Cinderela a brasileira - atuação 1992
Teste de teca 97 (diversão)
Muito barulho por quase nada
Men met woman (o amor e tantos desencontros), com o ator inglês James Baeielly
The crackWalker – universidade do maine, com o grupo maine mask
O tempo da chuva – ator e dramaturgo.
Pobres de marre – dramaturgo e diretor.
A mar aberto – dramaturgo e diretor.

Thiago Medeiros: Henrique Fontes, por Henrique Fontes?

Henrique Fontes: Eu, como todo artista, sou um doente.
N consigo aceitar a vida de forma normal, “natural” tenho a “doençinha” da cultura e su patologicamente torto. Por isso faço arte, pra que a verdade não me destrua - essa frase também não é minha!


Thiago Medeiros: Indique cinco lugares pra conhecer em Natal?

Henrique Fontes: Casa da Ribeira, Os prédios históricos do Centro da Cidade "casas de frente rio potengi", Bosque dos Namorados, Buraco da Catita, Ladeira do Sol.

Thiago Medeiros: Umdesejo a realizar?

Henrique Fontes: trabalhar como ator na Cia. Brasileira de Teatro.

Thiago Medeiros: Maior desejo realizado?

Henrique Fontes: conhecer a Europa e rever amigos.

Thiago Medeiros: Uma Cor: azul,
Uma Palavra: companhia, Uma Peça de Teatro: avental td sujo de ovo, do Grupo Ninho, do Crato, Uma Comida: torta de legumes com massa podre!

Thiago Medeiros: Henrique, cite três apostas de Natal para:

Teatro: Grupo Casa da Ribeira de Teatro, Bruno Coringa e Quitéria Kelly.
Dança: Procura-se Cia de Dança, Juarez e In-Verso.
Música: Juliana Barbosa, Luiz Gadelha e Gabriel Souto.
Literatura: Jean Srtief, Michelle Ferret e Patricio Júnior.

Thiago Medeiros: Contatos?

Henrique Fontes: henriquefonte75@gmail.com, twitter: @henriquefonte, blog: henriquefontes.wordpress.com







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