Eduardo Okamoto.

Há um teatro que se edificca, sem pedras, ou tijolos. Ele se constroí no corpo dos homens.
Não procurei ensinar nada a ninguém. Nem poderia. Faltava-me técnicas teatrais e experiêbcias cirsenses. Faltava-me equipamentos.
Procurei, no máximo, abrir um espaço para que o aprendizado fosse fosse possível. A experiência provou que isso pode dar certo.
Isto ajuda a amenizar o atrevimento. Não escrevo sobre o que pude ensinar aos adolescentes que participaram das oficinas, mas sobre o que deles eu pude apreder - a intensidade do aprendizado.
Foi o que me motivou na criação de "agora e na hora de nossa hora, era necessário partilhar aquelas horas, fazê-las nossas, ainda que no breve e efêmero instante do espetáculo teatral.
Ao meu lado, crianças, pré-adolescentes e adolescentes em situação de rua, que mostravam que era possível, do nada que nós tínhamos, reunir impulso para uma incrível (como deve ser o circo e o teatro) salto vital.

(Eduardo Okamoto, no seu livro "hora de nossa hora", artigo "antes da hora"

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