Eu sou.


Eu sou toda vermelha.
Leve, nem tanto assim.
Sou a lua redonda, a iluminar os namorados, loucos de plantão.
Sou tudo o que me cabe, no que depender de mim.
Eu sou o canto da cigarra, assombrando a noite.
Sou a vida que balança, no coração da mãe.
Eu sou a vida, que voa, na palma de cada ladrão.
Sou a folha que balança, no vento de cada verão.
Os que falam, me conhecem.
Os que não, ainda saberão.
Que quando eu passo a mão no corpo, é pra esconder.
Que no fundo eu sou toda coração.
Eu sou o cheiro de mar, de azeite e de suor.
Quando estou eu e você, a sós.
Eu sou a rede que balança e volta ao mesmo lugar.
Sou o azul de todos os dias a nos alegrar.
Sou a falta de acento e de ponto.
De uma história que se liga.
Sou os encontros de outras vidas, que nessa pude ver.
Sou o monstro que atrapalha, as batalhas que eu quero ter.
(23/11/2010)

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