asas...Michelle Ferret.


Nem sorte
Eles distraem-se com os ponteiros
Que voltam sempre ao mesmo lugar
Fechados
Vermelhos
Os silêncios estão em toda parte
A toda altura
Quase céu
só enxergam prédios
para esquecer os edifícios
mas não
eles sonham com asas
mesmo que pequenas
eles voam
baixo
sentados em cadeiras de ferro
eletrificam-se
pensam ser gente
esquecem a humanidade
comem carne
e tatuam velas em suas peles flácidas
programadas para desaparecer

“os homens sabem fazer tudo, menos ninhos de pássaros”

É difícil ser vela nesse mundo eletrificado.

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