é sagrado desaguar... Michelle Ferret.


É sagrado desaguar. Abrir-se em livros, livrar-nos de nós por muitos e infinitos segundos enquanto outro homem se desnuda, despede-se de sol e abre com a mão manhãs inteiras. Desfaz com sua saliva de chumbo a delicada fortaleza da existência. Assistir “A Lua que vem da Ásia” amplia séculos dos passos. Edifícios inteiros ruíram-se desordenados, sem pilastras ou pára-raios. Apararam a vida, as sementes ...os sentidos. Não há pára-raios para a vida, nem solidão para tantos cafés. Os ventres livres de gente assombram futuros inteiros. Sem arestas ou doações as cidadelas de dentro...ardem. gemem em noites frescas, quase frascos sem perfume algum. A vida não tem cheiro. Ela se despede todo dia
No seu ir e vir das gerações.

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