re-descobre-se!

Alguém me empresta uma mala de carregar dores?
Já não sei quem sou, nem pra onde carrego as minhas dores.
Estou me sentindo uma abelha na beira do mar, lutando, catando motivos para viver. Até que a onda vem, lave e leva embora todos os grãos que alimentavam sua sobrevivência.
E eu afundo com meus pés na areia do mar, a dor é pesada e volta. Volta em forma de areia, de brisa, de leva e traz!
Caminho até uma pedra. Sinto-me rocha, pedregulho rolado à beira do mar.
Deixa-me areia, faz-me mar. A dor.
E como uma questão de sobrevivência, os segundos passam despercebidos, como a brisa do mar que toca meu rosto.
Alguém encontro pelos caminhos marítimos. Só queria e encontrar, assim como o mar, que mesmo sendo infinito, re-descobre-se!
(17/01)

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