Trechos de pesquisa: Perto do Coração Selvagem, Lispector.

“quem disse pela primeira vez assim: nunca?” (C.L.)

“mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se” (C.L)

“sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconseqüências, de egoísmo e vitalidade. Repugnava-lhe deixar um dia de ser esse animal solto”(C.L)

“é preciso não ter medo de criar!” (C.L)

“havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém” (C.L)

“como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações...” (C.L)

“Tudo o que não sou pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é – no entanto me ultrapasso mesmo sem o delírio , sou mais do que eu normalmente, tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação do meu começo” (C.L)

“é porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não tocam, eu sinto! A verdade é que tenho olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso je é demais” (C.L)

“encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo” (C.L)

“donde vem essa certeza de estar vivendo?” (C.L)

“difícil como voar e sem apoio para os pés receber nos braços algo extremamente precioso. Quis o mar e sentiu os lençóis na cama. Se eu me visse na terra lá das estrelas ficaria só de mim. Tremendamente noturna a minha vida!”

“Ela preferia mil vezes que estivesse chovendo porque seria muito mais fácil dormir sem medo do escuro. Porque parecia impossível que ela dormisse. Não, ela não se entregava nunca! Ela passaria a noite a rezar, a olhar para o céu escuro, a velar por alguém!” (C.L)

“o que é que se consegue quando se fica feliz? Depois que se é feliz o que é que acontece? O que vem depois? Ser feliz é para se conseguir o quê?” (C.L)

“os dois eram incapazes de se libertar pelo amor, porque aceitava sucumbida o próprio medo de sofrer. E também, como ligar-se a um homem senão permitindo que ele a aprisione? Como impedir que ele desenvolva sobre seu corpo e sua alma suas quatro paredes? E havia um meio de ter as coisas sem que as coisas a possuíssem? (C.L)

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