olhares de delicadeza, ou breguisse de um velho adolescente.

Não! Eu não sou tão contemporâneo assim!
Acredito que conhecer requer
conviver, aprender
acarinhar, abraçar.


Sou de um tempo - não muito atrás em que se conhecer 
se fazia por carta, por flores, por beijos, por presenças.
Por pequenos estados de ternura.


Onde o outro era chamado de meu bem.
Sou de um tempo para namorar, cozinhar, cuidar.


Sou de um tempo em que falar o que sentia era virtude
principalmente quando e se as palavras fossem de delicadeza e ternura
como: eu te amo, eu me preocupo com você.


O delicado nos escapa aos olhos.
Não sabemos onde colocar as nossas mãos.


Encontrar com pessoas que me desprezem no dia seguinte me assusta,
estou só com saudades de ternuras presenciais e de carinhos mais simples como um sim,
como um não.


(...)

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