os olhos vidrados na cruz.

ele fica preso ao amuleto que carrega
a vida não cabe na mão.


descobre-se que a vida é nada mais que envelhecer.


e o mundo escapa aos olhos
não cabe nas mãos carregar o mundo.


como quem quer guardar a água da chuva
nas mãos,
nos bolsos.


é febre doendo no osso.


na cruz.


e a vida se encontra em pequenos atos de momentos em liberdade.

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