(ar)mantes ou nas minhas mãos - câncer.

poesia chamo os coágulos que se fazem em minhas mãos.
poesia chamo os coágulos que se faz da minha mãe dentro de mim.
poesia chamo da crença, até de que existe amigos no mundo.
poesia chamo as teias que desorganizam meus olhos e...


não! a poesia não tece manhã
não! eu não quero com licenças para melhor entender.


sim! eu quero a poesia como quem vomita
sim! quero poesia como quem goza na boca e se faz vida.
sim! quero o calor no corpo e em mim, as mãos dos amantes.


não! eu não quero a poesia dos amados, quero antes a poesia dos amantes.

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