mais uma de amor ou despedir dói.


Queria ter coragem de te dizer que não, dizer para repensar, para dizer mais sim do que não. Mas eu não posso e nem devo, não te negarei o prazer de (re) aprender a amar, coisa de transformar em beleza sua confusão, seu caos.
A verdade é que eu não tenho mais forças para despedidas, meu corpo não suporta, não por agora. Meu corpo só quer aconchego.
Eu olho pros livros, pros cd´s, para a casa, para a rua, cheia de coisas, cheias de móveis, cheias de gente, repleta de cores e nada me completa ou preenche, senti uma dor tamanha, de novo, mais uma vez.
Você passa perto demais do meu sentimento, do meu afeto, do de dentro dos meus olhos. Você veio tão intenso pra dentro de mim e não quis outros, quis você e eu quis tanto e pouco disse, tudo isso pra não dar nome, para ser leal a regra, pra não te perturbar. Quis aprender a amar com mais liberdade, à vontade e hoje resta só a vontade, resta o mesmo registro - renovado no meu estômago, um vazio seco e cheio de saliva pra dentro, a areia invadindo os olhos e suas palavras avançando letra a letra na minha cabeça: porque não nos dissemos tudo isso antes? Porque negamos o que já estava, estivemos, fomos a possibilidade da descoberta e as despedidas são isso: um ensaio pra coisas melhores que estão por vir...O nó na garganta, nossos medos e a certeza de que queremos a mesma coisa. 
Só peço que não sofras tanto, querido. Nada dói tanto quanto amar e viver dói, amor é vida e sofremos por sentimento, por algo que nos alimenta, que lambuza, que escorre.
Queria te escrever ou dizer coisas boas, bonitas, poemas, re - busco outros autores, mas não posso! Não consigo encontrar agora  o que eu não consegui descobrir pela sensibilidade, eu realmente não sabia.

Agora? Eu vou me virar pra esquecer. Se cheiro. Você. Os dias. As tardes. As horas. Você saiu pela porta da frente.
A verdade é que, eu quis te amar em segredo, baixinho, discretamente. Isso não doeu, doeu um pouco, não tanto. Eu aceitei, eu quis. E é bom.

Quero que saiba que nada vai mudar meu sentimento de estar vivo, o meu bem querer pra você, isso nem você poderá ajudar. Porque eu não quero matar isso, quero que doa, que esfregue e vire o que tenha que ser, deixa o mundo nos ajudar a ser o que podemos.

Eu, continuarei a ser o mesmo incompetente de sempre, que se perdeu nas regras, que insiste pela sua presença, só pra estar perto. Como eu quis estar perto e estivemos, quantas descobertas e registros corporais, no pescoço que existia tua barba, hoje resta tensão. Ficaram, fincaram e ficarão e eu, faço o que agora?

Vou seguindo, quietinho e desejo que a gente possa ser feliz, boa sorte em suas escolhas.
Seja feliz, com amor.

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