podridão ou tudo isso é hoje.

o que te perguntar se estou muda?
as vestes coberta de poeira
dentro, aranhas tecem
labirintos indecifráveis

durmo nua pelo chão
coberta de migalhas

o que te falar com a voz muda?
cheia de esperma. cheia de poeira.

a poesia está apodrecida dentro dos ossos da minha mão

a névoa cobre os meus olhos e braços,
revestidos de carne, assombrados
como as aranhas de dentro de mim

dentro de mim é só um oco revestido de teias
lama, porcos, ratos

(...)

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