teu corpo no meu ou a rua pede passagem.


e eles andaram. em plena luz. em pleno mar. um perto do outro.
havia uma doçura desde o café. com chocolate. havia uma doçura que os acompanhava
pelas ruas repletas. onde ninguém enxerga ninguém. eles se enxergavam.

nos cheiros. nos risos. nos toques.
havia uma certa felicidade.

o meu riso dentro do teu.
não há palavra que denomine.
existe apenas o teu corpo no meu.

dois corpos plenos e sorridentes
o meu no teu e o teu no meu
andando por entre os carros.
as paisagens ficam diferentes
ficam mais cá dentro e presentes
em nós.

é isso, os carros passam, os sinais fecham
e abrem.
e meu corpo só sinaliza o teu
meu riso
meu pranto
meus desejos

(...)

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