as cruzes ou apenas liberação

saiu à procura, 
não sei o que, perfumoso, cheio de fendas e decotes pelo corpo riscado de muitos, quase um quadro de Dalí, cantando, andando pelo mundo.
justamente porque era ele, o mundo, uma descoberta, uma colagem de milhares, de sambas e de corpos. não tão grande, mas profunda como uma libertação, liberar esperma era se entregar, como quem faz sexo para se descobrir, cruzando as pernas umas nas outras, de outros muitos, que não precisava colchão.
o mundo se descobria ali, parado, nas imagens e na imaginação, era o mundo

(...)

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