oturnas praças ou aVoando

ele: essa noite eu quero sonhar só...
ela: quis dizer, dormir?
ele: não! sonhar!

por um instante ela teve um pensamento como uma revelação. sair à rua. estampando sorrisos desconhecidos e profundos, sem bagagem, só com linha e agulha. pra costurar poesia nas telas das almas. 
encontrou um. enquanto corria. sentiu outro latejando amor do de dentro. banhou-se do rio que ninguém entrava há anos. pôde sorrir de sonhar.
só porque neste sonho ele dormia só.
voltou in-tensa. recarregada de espanto. acordou molhada de rio. doce como a sua pele.

ela: ah, eu entendi. a gente pode dormir de sonhar, só.

(...)

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