das possibilidades de fazer sombra ou o desejo do mundo inteiro

e o que se sabe do amor é que ele gosta da simplicidade das ausências gosta de cama e de sofá, ele gosta de se instalar. é uma planta que gemina para sempre, com carinho e raízes profundas. e o que se sabe do amor é que ele gosta de se deixar em paz é um ranço de caju que fica entalando a garganta. o que se sabe do amor é que uma hora a gente tem que matá-lo para viver melhor, para se instalar melhor e o que se sabe do meu amor é que ele gosta muito de voar por entre as flores, pedras e as outras alegrias e o que se sabe de amor é amar, sem dramas, sem traumas, sem neuras. o que se sabe do amor é que ele está desaparecido o que se sabe do amor é que ele gostaria de ser encontrado em casa, em paz, com algumas cervejas baratas e de braços abertos me esperando. e o que eu sei do amor é que ele é uma casa aberta, só falta você entrar, traga suas malas e os seus outros amores e vamos juntos, pela tarde observar a cidade...
e o que se sabe do meu amor é que ele gosta é muito de se envolver, derrama e o que eu soube dos que puderam ou não acolhê-lo em tempos passados meu amor romântico, intenso, desesperado, me ensinaram muito sobre os caminhos de enlouquecer e o que eu soube fazer deles foi jogá-los ao mar, me ensinaram a ser passageiro, como alguém que está de partida e mesmo assim me juntei e o que se sabe do amor é que ele é coisa de fortalecer como aquele caldo que mainha fazia nos meus dias de ressaca, o amor lava e salga como as ondas do mar em dia de ressaca, lava e cura. que venha mais um, venha doce, venha leve e que venha por inteiro, se possível.

#DevaneiosDaHoraDoCafé!

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