Um sonoro sim ou espreitados

enquanto a tua mão navega

eu permaneço

naufragado nos tecidos da minha pele

exposta naufraga sozinha

minha pele se esvai e tem um gosto de água salgada
destas que rolam teimosas pelos meus olhos de maré.

enquanto a vida naufraga
minhas mãos se afogam
à beira da tua presença

enquanto tudo navega
eu que naufrague
de mim
de ti
naufrago.

#POemaDaHoraDoCafé

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