Do sagrado em teu nome ou jaz

João,
sitiei as noites
estendi as roupas
daquele varal de arame farpado
rasguei
a penumbra dos dias
defumei a minha carne
exposta para seus dentes comerem
João,
ampliei as grades do tempo
você está seguro dentro de mim
estou exposta para te proteger
o resto as palavras dirão
raspei a carne até ser osso
armação e uma proteção de arame
farpado
João,
José,
Jacó,
Gritava um nome sagrado no meio da noite
perdida alugada por uma sombra
te procurei na miragem do além de mim
gozei sozinha sonhando o sagrado
que não veio
que não vem
que no meio.

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