Quando você viajar talvez eu quebre a louça

um último poema a quem eu amei há tempos

traço mapas

sei os caminhos da tua pele

fecho os olhos e sei de todo você:

barroquinhas entre a virilha e o sexo

bunda murcha, pelos fortes

braços finos e um cheiro de sexo

com meus olhos fechados

refaço caminhos

reviro ruas   casas   praças

por onde corre o sangue

uma maneira de acostumar o organismo

a saudade de você

sem você incomoda (va)

quando você viaja eu tento ficar distraído

visito amigos

costurando a cidade

chuva   bebida    cigarro    jornal

penso   passo     paro       penso

numa maneira de acostumar meu corpo

a passar uns dias sem contato com o teu

...

P.S: este já se tornou um personagem distante dos meus pensamentos e emoção, mas gostar de se ver no poema é resistir.
Juntar a imagem do instagram e a miragem de você.


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