Folhagem.

Enfiando os pés na areia. Enterrando um pouco mais os pés na areia. Descobriu das formigas que se agitam. Enquanto se agigantava debaixo do céu. Quanto mais água mais dolorido. Quanto mais profundidade. Mais dolorido o crescimento dos galhos. A cada vento. Um ardido de folha caindo. Pensava-se árvore. Pensava-se vida em todas as raízes chamada relações. Humanamente árvore. Humanamente esquizofrênica. Se perguntava se, a cada centímetro de raiz de aprofundando. Era a humanidade acontecendo. Não acreditava que ela, moldada aos ventos. Livre para suas mutações naturais: galho, folhas (crescendo e caindo): fluxo. A vida - árvore não é tão simples. Ah, se pudesse ser árvore porosa. Se ao invés de galhos e frutos. Pudesse nunca ter experimentado o convívio com outras raízes. Formigas. Folhas. Frutos. Antes do último corte que, limaria para sempre suas raízes e a passibilidade de ser árvore. As folhas rodas caídas. Secas. Com o tempo passa. Algum pedaço de Raiz ainda permaneceu intacto, quieto, silencioso e brando.

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