redundância.
dos homens silenciosos
olhando a vida passar
debaixo do pé de figo
na princesa isabel
o sacal pensamento
e o sentimento da morte
dançam nas palavras
sopram a brasa das palavras
nos homens silenciosos que atravessam
ou paralisam a tarde:
eles quebram a quarta parede
há navalhas em seus olhos
a palavra que não ouço
me fere a pele
com o rangido
que sai de seus olhos:
sopram o sacal
sentimento da morte
e eu que nem sequer
entendo o que quer dizer a tarde?
sei também que é sopro.
voltei a quebrar
a quarta parede
agora branca e
feita de ossos
esfarelei
em um pó
branco
e me dei a cheirar
e eu que nem sequer
entendo o que quer dizer a tarde?
sei também que é cheiro.
não tenho mais mãos para
catar os pedaços.
vento e sopro
venta e sopra
o silêncio dos homens
moídos ventos
no sacal ambiente da morte:
que é o festejo
antes
durante e depois
depois é só revolução
e eu sem sequer
entender o silêncio mordaz
dos homens parados
atravessando os tiros
na princesa isabel
...
MAIO DE 2016,
esquina de zé reeira com princesa isabel: "tá lá o corpo estendido no chão".
olhando a vida passar
debaixo do pé de figo
na princesa isabel
o sacal pensamento
e o sentimento da morte
dançam nas palavras
sopram a brasa das palavras
nos homens silenciosos que atravessam
ou paralisam a tarde:
eles quebram a quarta parede
há navalhas em seus olhos
a palavra que não ouço
me fere a pele
com o rangido
que sai de seus olhos:
sopram o sacal
sentimento da morte
e eu que nem sequer
entendo o que quer dizer a tarde?
sei também que é sopro.
voltei a quebrar
a quarta parede
agora branca e
feita de ossos
esfarelei
em um pó
branco
e me dei a cheirar
e eu que nem sequer
entendo o que quer dizer a tarde?
sei também que é cheiro.
não tenho mais mãos para
catar os pedaços.
vento e sopro
venta e sopra
o silêncio dos homens
moídos ventos
no sacal ambiente da morte:
que é o festejo
antes
durante e depois
depois é só revolução
e eu sem sequer
entender o silêncio mordaz
dos homens parados
atravessando os tiros
na princesa isabel
...
MAIO DE 2016,
esquina de zé reeira com princesa isabel: "tá lá o corpo estendido no chão".
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